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Bolívia se junta ao caso de genocídio da CIJ na África do Sul contra Israel

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O Estado sul-americano “tem a responsabilidade de condenar o crime de genocídio”, afirma no seu documento.

A Bolívia aderiu formalmente ao caso de genocídio da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), de acordo com o tribunal de Haia.

A nação sul-americana apresentou na terça-feira um pedido de intervenção no caso, que acusa Israel de perpetrar “atos genocidas” em violação da Convenção do Genocídio na sua guerra contra Gaza.

A medida da Bolívia coloca-a entre uma lista crescente de Estados envolvidos no caso, incluindo Colômbia, Líbia, Espanha, México, Palestina, Nicarágua e Turquia.

Em Janeiro, o TIJ decidiu que Israel deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar actos de genocídio em Gaza e garantir que os investigadores mandatados pelas Nações Unidas tenham “acesso desimpedido” ao enclave.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou a decisão provisória do tribunal, considerando-a “ultrajante” e disse que Israel continuaria a sua “guerra justa”.

Um mês depois, o grupo de direitos humanos Amnistia Internacional disse que Israel “não tomou as medidas mínimas” para cumprir a ordem do TIJ.

Desde então, a África do Sul regressou várias vezes ao TIJ, argumentando que a situação humanitária desesperada de Gaza exige novas medidas de emergência.

No final de Maio, o TIJ ordenou a Israel que suspendesse imediatamente a sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza, uma decisão que Israel também ignorou.

Embora as decisões do TIJ sejam juridicamente vinculativas, o tribunal não tem meios para aplicá-las.

Na sua apresentação ao TIJ, a Bolívia, que cortou relações com Israel em Novembro, argumentou: “A guerra genocida de Israel continua e as ordens do Tribunal continuam a ser letra morta para Israel”.

“A Bolívia procura intervir porque considera que tem a responsabilidade de condenar o crime de genocídio”, afirmou.

A guerra de um ano de Israel em Gaza matou mais de 42 mil pessoas, a maioria delas civis, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave. Isso equivale a uma em cada 55 pessoas que vivem lá. Um ataque liderado pelo Hamas, grupo palestino que administra Gaza, matou 1.139 pessoas em Israel em 7 de outubro de 2023.

Philippe Lazzarini, chefe da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA), o principal grupo de ajuda humanitária que opera em Gaza, disse numa publicação comemorativa do primeiro aniversário da guerra que as pessoas no enclave continuam a suportar “sofrimento indescritível”.

“Não passa um dia sem que as famílias em Gaza sejam submetidas a um sofrimento indescritível, já que o deslocamento forçado, as doenças, a fome e a morte se tornaram a norma diária para dois milhões de pessoas presas num enclave bombardeado e sitiado”, disse Lazzarini.

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