Home News México prende suposto chefe de cartel ligado a 43 estudantes desaparecidos

México prende suposto chefe de cartel ligado a 43 estudantes desaparecidos

11
0

A prisão de Gildardo Lopez Astudillo ocorre semanas antes do 10º aniversário do desaparecimento dos estudantes.

Autoridades no México dizem que prenderam um suposto chefe de cartel ligado ao desaparecimento de dezenas de estudantes há uma década.

Gildardo Lopez Astudillo, o suposto líder do cartel, foi detido sob acusações de “crime organizado” e levado para a prisão de segurança máxima de Altiplano, no centro-sul do México, informou a agência de notícias Reuters, citando uma fonte de segurança federal.

Esta é a segunda vez que Lopez Astudillo, conhecido como “El Gil”, é preso desde que o cartel que ele supostamente lidera foi acusado de orquestrar o desaparecimento e suposto assassinato de 43 estudantes em Iguala em 2014, um caso que abalou a nação e desencadeou anos de protestos.

A prisão de Lopez Astudillo ocorre no momento em que parentes preparam manifestações para marcar o 10º aniversário do desaparecimento dos estudantes.

Ele foi preso pela primeira vez em 2015 e liberado em 2019, depois que um juiz concluiu que as provas contra ele foram obtidas ilegalmente.

Mais tarde, Lopez Astudillo serviu como testemunha protegida pela promotoria, oferecendo supostos detalhes sobre o envolvimento do grupo criminoso no desaparecimento dos estudantes, de acordo com o jornal El Pais.

O que aconteceu com os alunos desaparecidos?

Em setembro de 2014, os 43 estudantes que viajavam para uma manifestação política na Cidade do México foram, segundo os investigadores, sequestrados pelo cartel de drogas Guerreros Unido, em conluio com policiais corruptos.

As circunstâncias exatas do desaparecimento ainda são desconhecidas, mas uma comissão da verdade criada pelo governo classificou o caso como um “crime de Estado”, dizendo que os militares compartilhavam a responsabilidade, direta ou indiretamente.

Prisões foram feitas ou ordenadas para dezenas de suspeitos, incluindo militares e um ex-procurador-geral que liderou uma investigação controversa sobre o desaparecimento em massa.

Os restos mortais de apenas algumas vítimas foram identificados.

Source link